sábado, 26 de julho de 2014

Elementos básicos da comunicação visual

Sempre que algo é projetado e feito, esboçado e pintado, construído, esculpido, a substância visual da obra é composta a partir de uma lista básica de elementos. Não se devem confundir os elementos visuais com os materiais ou o meio de expressão, a madeira ou a argila, a tinta ou o filme. Os elementos visuais constituem a substância básica daquilo que vemos, e seu número reduzido: o ponto, a linha, a forma, a direção, o tom, a cor, a textura, a dimensão, a escala e o movimento.  Por poucos que sejam, são a matéria-prima de toda informação visual em termos de opções e combinações seletivas. A estrutura da obra visual é a força que determina quais elementos visuais estão presentes, e com qual ênfase essa presença ocorre.

Grande parte do que sabemos sobre a interação e o efeito da percepção humana sobre o significado visual provém das pesquisas e dos experimentos da psicologia de Gestalt, mas o pensamento gestaltista tem mais a oferecer além da mera relação entre fenômenos psicofisiológicos e expressão visual. Sua base teórica é a crença em que uma abordagem da compreensão e da análise de todos os sistemas exige que se reconheça que o sistema (ou objeto, acontecimento, etc.) como um todo é formado por partes interatuantes, que podem ser isoladas e vistas como inteiramente independentes, e depois reunidas no todo. É impossível modificar qualquer unidade do sistema sem que, com isso, se modifique também o todo. Qualquer ocorrência ou obra visual constitui um exemplo incomparável dessa tese, uma vez que ela foi inicialmente concebida para existir como uma totalidade bem equilibrada e inextricavelmente ligada. São muitos os pontos de vista a partir dos quais podemos analisar qualquer obra visual; um dos mais reveladores é decompô-la em seus elementos constitutivos, para melhor compreendermos o todo. Esse processo pode proporcionar uma profunda compreensão da natureza de qualquer meio visual, e também da obra individual e da pré-visualizada e a criação de uma manifestação visual, sem excluir a interpretação e a resposta que a ela se dê.

A utilização dos componentes visuais básicos como meio de conhecimento e compreensão tanto de categorias completas dos meios visuais quanto de obras individuais é um método excelente para explorar o sucesso potencial e consumado de sua expressão. A dimensão, por exemplo, existe como elemento visual na arquitetura e na escultura, meios nos quais predomina em relação aos outros elementos visuais. Toda a ciência e a arte da perspectiva foram desenvolvidas durante o Renascimento para sugerir a presença da dimensão em obras visuais bidimensionais, como a pintura e o desenho. Mesmo com o recurso do trompe d'oeil aplicado à perspectiva, a dimensão nessas formas visuais só pode estar implícita, sem jamais explicitar-se. Mas em nenhum outro meio é possível sintetizar tão sutil e completamente a dimensão do que no filme, parado ou em movimento. A lente vê como vê o olho, em todos os detalhes e com o apoio absoluto de todos os meios visuais. Tudo isso é outro modo de dizer que os meios visuais têm presença extraordinária em nosso ambiente natural. Não existe reprodução tão perfeita de nosso ambiente visual na gênese das idéias visuais, nos projetos e nos croquis. O que domina a pré-visualização é esse elemento simples, sóbrio e extremamente expressivo que é a linha.

É fundamental assinalar que a escolha dos elementos visuais que serão manipulados, está na mão do artista, do artesão e do designer; ele é o visualizador. O que ele decide fazer com eles é sua arte e seu oficio, e as opções são infinitas. Os elementos visuais mais simples podem ser usados com grande complexidade de intenção; o ponto justaposto em diferentes tamanhos é o elemento essencial da impressão e da chapa a meio-tom (clichê), meio mecânico para a reprodução em massa de material visual de tom contínuo, especialmente em fotografia; a foto, cuja função é registrar o meio ambiente em seus mínimos detalhes visuais, pode ao mesmo tempo tornar-se um meio simplificador e abstrato nas mão de um fotógrafo magistral. A compreensão mais profunda da construção elementar das formas visuais oferece ao visualizador maior liberdade e diversidade de opções compositivas, as quais são fundamentais para o comunicador visual.

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Equilíbrio

A mais importante influência tanto psicológica como física sobre a percepção humana é a necessidade que o homem tem de equilíbrio, de ter os pés firmemente plantados no solo e saber que vai permanecer ereto em qualquer circunstância, em qualquer atitude, com um certo grau de certeza. O equilíbrio é, então, a referência visual mais forte e firme do homem, sua base consciente e inconsciente para fazer avaliações visuais.  O extraordinário é que, enquanto todos os padrões visuais tem um centro de gravidade que poder ser tecnicamente calculável, nenhum método de calcular é tão rápido, exato e automático quanto o sento intuitivo do equilíbrio inerente às percepções do homem.

Assim, o construto horizontal-vertical constitui a relação básica do homem com seu meio ambiente. Mas além do equilíbrio simples e estático, existe o processo de ajustamento através do contrapeso. Essa consciência interiorizada da firme verticalidade em relação a uma base estável é extremamente fundamental na natureza quanto no homem. É o estado oposto ao colapso. É possível avaliar o efeito do desequilíbrio observando-se o aspecto de alarme estampado no rosto de uma vítima que, subitamente, leva um empurrão. Na expressão ou interpretação visual, esse processo de estabilização impõe a todas as coisas vistas e planejadas um "eixo" vertical, com um referente horizontal secundário, os quais determinam, em conjunto, os fatores estruturais que medem o equilíbrio. Esse eixo visual também é chamado de eixo sentido, que melhor expressa a presença invisível mas preponderante do eixo no ato de ver. Trata-se de uma constante inconsciente.

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http://brunnamds.blogspot.com.br/p/sintaxe-da-linguagem-visual.html


Dicas de leitura para quem gosta de música!

Além das dicas que mencionei no post anterior Viajar sem sair do lugar, seguem agora dicas de leituras especialmente para quem gosta de música.

A música através dos tempos de Nilza Zimmermann

Pequena viagem pelo mundo da música de Cynthia Gusmão



Uma breve história da música de Roy Bennett

Vidas de grandes compositores de Henry Thomas

Viajar sem sair do lugar - Dicas de leitura

Para todos aqueles que gostam de ler, de ter sempre um livro disponível, seguem três dicas interessantes:

Primeira, os livros estão disponíveis na web em blogs, pdf e e-books, apesar de tornar a leitura mais cansativa é uma ótima alternativa para ler aquele livro tão falado e as vezes tão caro.

Segunda, quanto mais você comentar sobre os livros que está lendo mais atrairá pessoas que possuem o mesmo gosto e possibilidade de emprestar e pegar emprestado livros aumentará.

Terceira dica a mais óbvia porém muitas vezes deixa de lado por ser ultrapassada, faça a carteirinha na Biblioteca do seu bairro!

Fala sério, amor! de Thalita Rebouças

A cabana de William P. Young

A cidade do sol de Khaled Hosseini

Cilada de Harlam Coben


Mentes perigosas - o psicopata mora ao lado
de Ana Beatriz Barbosa Silva

As melhores histórias da Mitologia Nórdica
de A.S. Franchini e Carmen Seganfredo

Noites de tormenta de Nicholas Sparks

Nunca desista de seus sonhos de Augusto Cury

O guardião de memórias de Kim Edwards

O jovem Martin Luther King de Christy Whitman